quarta-feira, 29 de maio de 2013

Valor Econômico informa: Kingfish busca novo estaleiro para substituir OSX



Por Marta Nogueira | Valor


RIO - A inglesa Kingfish negocia a construção de 11 navios-tanque com um estaleiro brasileiro. A negociação começou depois que a OSX, empresa do Grupo EBX, de Eike Batista, cancelou o contrato que tinha com a companhia desde março de 2012, para a construção desses navios. O contrato, de R$ 732 milhões, foi retirado da carteira da OSX com a reformulação do plano de negócios da empresa.

Representante da Kingfish que preferiu não ser identificado informou que a negociação com o novo estaleiro ainda está em curso e, quando for fechada, será anunciada. Segundo ele, “a relação entre a OSX e a Kingfish ainda permanece muito próxima e ambas as partes ainda estão comprometidas a trabalhar juntas no futuro”.

A construção dos 11 navios-tanque será para atender ao Programa EBN (Empresas Brasileiras de Navegação), da Petrobras, que prevê o afretamento de 39 navios construídos no país, por um período de 15 anos. Os navios serão utilizados para o transporte de petróleo, gás e derivados. O programa tem como um dos principais objetivos atender à demanda de transporte na cabotagem brasileira.

O programa é dividido em duas partes. Na primeira, estão previstos o afretamento de 19 navios, dos quais três serão construídos pela Kingfish e devem ser entregues até o fim de 2015. Já na segunda fase, estão previstos 20 navios, dos quais oito serão fornecidos pela inglesa. Os navios da segunda fase devem ser entregues até 2017.

“A Kingfish vai construir seus navios no Brasil, agora estamos negociando com um estaleiro alternat ivo para dar inicio ao processo de construção”, disse a fonte. “A Kingfish está comprometida com o programa EBN da Petrobras”.

A fonte ressaltou que, como a primeira fase prevê a entrega dos navios até o fim de 2015, não há ainda “nenhum atraso” e, portanto, não houve necessidade de negociação de novos prazos com a Petrobras.

A companhia não descarta a possibilidade da OSX vir a construir algum dos 11 navios no futuro. “No momento, entendemos que há uma reestruturação em curso dentro de uma parte das empresas do grupo X, há uma necessidade de reorganizar várias partes do grupo”, disse a fonte.