sábado, 23 de junho de 2012

OPÇÃO PELO COMBUSTÍVEL FÓSSIL A IMPOSTO ZERO MOSTRA A VERDADEIRA FACE ANTI-AMBIENTAL DO GOVERNO DILMA

Como já foi analisado por pessoas com maior influência na análise das políticas econômicas do governo Dilma, não deixa de ser um exemplo grotesco de contradição entre discurso e prática a decisão de zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para a gasolina, logo durante a Rio +20. Ora, se uma das principais causas do aquecimento global, como justificar a isenção da CIDE para combustíveis fósseis? 


O problema é que além de não educar os motoristas de carros usando gasolina sobre a necessidade de apostar em outras formas de transporte ou de usar álcool, em que pesem seus custos ambientais e sociais,  o governo Dilma deixa de fazer uma aposta no efeito pedagógico que a gasolina poderia ter, e se curva à necessidade de manter uma política macro-econômica que, aliás, está na raiz dos constantes aumentos da gasolina.

E ai não adianta a ministra Izabella Teixeira, aquela do meio ambiente, vir fazer barracos públicos quando alguém ousa questionar a qualidade das políticas ambientais do governo que ela representa. É que se a ministra barraqueira ainda não entendeu, o problema é que um perfil sustentável não se sustenta apnas em dias de festa e nem se resume ao que teoricamente tem a ver só com o ambiente. A questão é muito mais complexa e inclui, inclusive, algo que não é  tão visível como os gases que são expelidos dos canos de escapamentos dos milhões de veículos que estão em circulação em regiões totalmente congestionadas da maioria das cidades brasileiras neste momento.