domingo, 17 de junho de 2012

FAO convoca comunidade internacional a combater as perdas e o desperdício de alimentos


As perdas mundiais de alimentos e resíduos nos países industrializados chegam a aproximadamente 680 bilhões de dólares.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) convocou nesta quarta-feira a comunidade internacional a realizar um esforço para “reduzir as perdas e o desperdício de alimentos”.

A reportagem é da AFP e reproduzida por EcoDebate

A entidade apoia a iniciativa “Save Food”, lançada em 2011, que tem por objetivo reduzir as perdas de alimentos e impulsionar a sustentabilidade, indicou em um comunicado divulgado poucos dias antes da abertura no Brasil da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU (Rio+20), onde o tema será debatido.

 

Segundo cálculos do movimento “Save Food”, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos se perdem ou são desperdiçados a cada ano, o que corresponde a um bilhão de dólares.

A agência das Nações Unidas, baseada em Roma, junto com a Messe Düsseldorf GmbH, que organiza feiras comerciais, e a Interpack, uma feira de embalagens, convidaram o setor privado, assim como organizações sem fins lucrativos, a participar da rede de fornecimento de alimentos e se unir a este esforço graças a sua experiência.

“As novas tecnologias, melhores práticas, a coordenação e os investimentos em infraestrutura – desde a produção de alimentos até o consumo – são fundamentais para a redução das perdas e do desperdício de alimentos”, sustenta a FAO.

“Um terço dos alimentos produzidos no mundo para o consumo humano é desperdiçado ou perdido, assim como os recursos naturais utilizados para sua produção”, reconhece a entidade especializada.

As perdas mundiais de alimentos e resíduos nos países industrializados chegam a aproximadamente 680 bilhões de dólares, e a 310 bilhões nos países em desenvolvimento, segundo os números da FAO.

“Se apenas um quarto dos alimentos que atualmente são perdidos ou desperdiçados em todo o mundo for recuperado, seria suficiente para alimentar as 900 milhões de pessoas que têm fome no mundo”, afirmou Robert van Otterdijk, chefe da Equipe da Save Food.