segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

ALGUÉM SE SURPREENDE? PETROLEIRAS FINANCIAM "CIENTISTAS" QUE CONTESTAM AQUECIMENTO GLOBAL

A matéria do Diário de Notícias de Lisboa ( a qual tive acesso inicialmente no blog do jornalista Luis Nassif) informa que os chamados cientistas "céticos" que contestam a tese de que a Terra está passando por um processo de aquecimento global causado pelas emissões de poluentes são, na verdade, financiados por corporações ligadas à indústria do petróleo.

Na verdade, na há nenhuma surpresa nisto, visto que este "segredo" já era mais do que conhecida na comunidade científica.  O que temos agora é apenas uma confirmação tácita de que os "céticos" são financiados pelos grandes poluidores.


Petróleo financia céticos


Homem pode estar a mudar o clima Fotografia © Reuters


Rebentou novo escândalo nas guerras ideológicas sobre as alterações climáticas.


Documentos divulgados por um blog sugerem que uma das instituição que mais tem defendido o ceticismo climático nos EUA, o Instituto Heartland, recebeu dinheiro de grandes empresas industriais, nomeadamente do setor petrolífero. Esta organização não governamental veio agora a público contestar a autenticidade de um dos oito documentos.

Os textos surgiram inicialmente em DeSmogblog e rapidamente foram citados na imprensa. Um dos documentos sugere que o influente instituto organizou uma campanha de descrédito da ciência a nível escolar, afirmando, por exemplo, que "reitores e professores estão fortemente enviesados a favor da perspetiva alarmista" sobre as alterações climáticas.

Em muitas escolas nos EUA e em debates públicos também na Europa as questões do clima estão a transformar-se em discussões politizadas, apesar da larga maioria dos cientistas dizer que as emissões humanas estão a mudar o clima, embora persistam dúvidas sobre o ritmo dessa mudança. São antigas as suspeitas de que a indústria petrolífera está envolvida no financiamento aos céticos.

Entre as multinacionais que contribuíram para o financiamento da Heartland contam-se nomes como Microsoft ou GlaxoSmithKline. Em certos casos os projetos não se destinavam apenas a questões de clima, mas um dos financiadores foi a Fundação Charles Koch, do proprietário de uma das maiores refinarias de petróleo nos EUA.