sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CASO FREIXO:  AS ORGANIZAÇÕES GLOBO ESCUTAM O QUE MANDAM SUAS CONVENIÊNCIAS


Ainda em relação ao caso do deputado Marcelo Freixo, o jornal O GLOBO e outros veículos estão alardeando que o parlamentar "omitiu" o fato de que suas palestras na Europa estavam previamente agendadas, dando a entender que a saída do Brasil neste momento foi um golpe publicitário. 

Como eu ouvi a entrevista do jornalista da GLOBONEWS, Ciro Bocanera, com o responsável da Anistia Internacional para o Brasil, Sr. Tim Cahill, entendi claramente que a realização das palestras estava negociada mas não agendada, e que  realização deles neste momento se deveu a uma combinação de interesses onde a vontade de proteger Freixo e a necessidade de ouvir o que ele tem a dizer sobre a ação das milícias no Rio de Janeiro determinaram o momento da viagem.


Entre outras Tim Cahill afirmou nesta entrevista à GLOBONEWS  que  não é a primeira vez que se vê  criminalidade tão ampla dentro da polícia no Brasil, mas que esta nova realidade é extremamente preocupante, porque (a milícia) existe com o aval ou a negligência das autoridades. A origem deles (milicianos) são as estruturas do Estado".  

Apesar das insinuações do pessoal da GLOBO é importante frisar que nada do que foi dito  por Cahill corrobora a hipótese de que  há  uma tentativa de golpe por parte do deputado Marcelo Freixo, pois segundo Cahill a saída de Freixo se deveu sim ao aumento do número de ameaças à sua vida, ainda não devidamente esclarecidas pela Secretaria Estadual de Segurança.

Por outro lado, há que se estranhar o fato de que as Organizações Globo estejam dando tão pouca cobertura aos fatos apontados pelo deputado Marcelo Freixo em relação à presença de representantes das milícias dentro de secretarias de estado na administração do governador Sérgio Cabral. Parece até que essa é uma acusação menor, e que o principal nessa história é determinar se havia uma pré-agenda para Freixo na Europa ou não.

Tudo bem. Em se tratando de Organizações Globo que mais poderia se esperar? Jornalismo sério é que não é!