sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ESTRADAS E HIDRELÉTRICAS AMEAÇAM OS POVOS TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA



A bacia Amazônica se transformou nos últimos anos na vaca das tetas de ouro do capitalismo mundial. A sua vasta extensão territorial não apenas contém minérios de todo tipo, mas um elemento essencial para o futuro da Humanidade: água, muita água.

Mas o que está caracterizando de forma mais evidente essa volúpia de ocupar a qualquer custo a região que concentra a maior parte da biodiversidade existente no planeta Terra é a busca de fontes de energia e meios de escoar a produção do agronegócio exportador, independente dos limites nacionais em que este esteja atuando.

Os recentes protestos indígenas na Bolívia que bloquearam os planos de construção de uma estrada que passaria pelo centro de uma região cheia de reservas indígenas e áreas protegidas é apenas uma gota da chuva de destruição que cai sobre ecossistemas naturais e populações tradicionais da Amazônia.

Mas que ninguém se engane: o Estado e as corporações atuando no Brasil são responsáveis diretos por grande parte desta ameaça. A construção de usinas hidrelétricas nos rios Madeira e Tapajós faz parte de uma plano muito mais amplo de alteração dos padrões de ocupação territorial da Amazônia brasileira. E neste percurso os povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos e caboclos são como verdadeiros "cabras marcados para morrer".